segunda-feira, 2 de junho de 2008

A cidade e Sócrates



A cidade e Sócrates

· Séc. V a.c.

Sócrates acreditava que o melhor modo para as pessoas viverem era se concentrando no próprio desenvolvimento ao invés de buscar a riqueza material. Convidava outros a se concentrarem na amizade e em um sentido de comunidade, pois acreditava que esse era o melhor modo de se crescer como uma população. Suas acções são provas disso: ao fim de sua vida, aceitou sua sentença de morte quando todos acreditavam que fugiria de Atenas, pois acreditava que não podia fugir de sua comunidade. Acreditava que os seres humanos possuíam certas virtudes, tanto filosóficas quanto intelectuais. Dizia que a virtude era a mais importante de todas as coisas.

Diz-se que Sócrates acreditava que as ideias pertenciam a um mundo que somente os sábios conseguiam entender, fazendo com que o filósofo se tornasse o perfeito governante para um Estado. Opunha-se à democracia aristocrática que era praticada em Atenas durante sua época. Acreditava que a perfeita república deveria ser governada por filósofos. Acreditava também que os tiranos eram até mesmo mais legítimos que a democracia

· Séc. XXI

Época Contemporânea. Século XXI. Os combates sociais avançam no sentido de uma melhor distribuição da riqueza colectivamente gerida, nomeadamente para assegurar condições de vida mínimas para todos os cidadãos. A cidadania confere automaticamente um vasto conjunto de direitos económicos, sociais, culturais, etc., assegurados pela sociedade de pertença.

Globalização. Assistimos hoje a dois importantes movimentos com reflexos profundos ao nível da cidadania.

Os estados-nação estão a ser diluídos em organizações supra-nacionais, nas quais os seus cidadãos têm cada vez menor poder de decisão. Muitos dos seus direitos tradicionais, como os direitos políticos, tornam-se meras ficções.

Os estados-nação com populações cada vez mais heterogéneas estão a ser pressionados para alargar os seus critérios de atribuição da cidadania, tendo em vista permitir o acesso à riqueza produzida e acumulada a todos aqueles que os procuram para viver e trabalhar, como os imigrantes, refugiados, etc.

Num período de enorme mobilidade de pessoas à escala mundial, caminhamos para um novo conceito de cidadania, identificada com uma visão cosmopolita.

Sócrates na Grécia antiga já se opunha ao tipo de democracia exercida, por a considerar pouco legítima e dirigida por pessoas pouco sábias, porque segundo ele, a governação de uma cidade devia ser levado a cabo por sábios, ou seja filósofos. Ora segundo este ideal, Sócrates ir-se-ia sentir totalmente frustrado nos dias correntes porque para além da democracia ser actualmente exercida de uma modo representativo, todas os cidadão tem direito a escolha, logo somos governados por pessoas que em nada se assemelham aos ideais filosóficos de Sócrates, e que o objectivo não se prende somente á “boa” governação mas sim aos interesses pessoais.

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